Nesta segunda-feira 14, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o
ex-governador e pré-candidato à presidência Eduardo Campos (PSB)
trocarão seus redutos de trabalho diário. Enquanto Dilma cumprirá agenda
em Pernambuco, pela manhã e à tarde, Campos anunciará oficialmente o
nome da ex-senadora Marina Silva na composição da chapa do PSB que será
lançada na disputa ao Planalto esse ano.
A visita de Dilma tem um simbolismo político ainda mais evidente
quando se observa que ela está tecnicamente empatada com Campos em
relação ao eleitorado pernambucano. De acordo com pesquisa feita pelo
Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau (IPMN) e publicada nesta
segunda-feira pelo Jornal do Commercio, a petista possui 35% das
intenções de voto, enquanto campos figura com 38%. O senador mineiro
Aécio Neves (PSDB) possui apenas 3% das intenções de voto do eleitor
pernambucano.
Os eventos de Dilma – a viagem inaugural do navio Dragão do Mar, do
Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca, pela manhã, e a inauguração da
primeira etapa e assinatura de ordem de serviço da segunda etapa da
Adutora Pajeú, além do lançamento do edital do Ramal do Agreste, em
Serra Talhada – mandam ainda um recado à população: enquanto ela
trabalha, Campos, que deixou o governo do estado há dez dias para se
dedicar exclusivamente à corrida eleitoral, usa Brasília para fazer
política.
A ida de Dilma ao reduto do futuro adversário já "melou" ao menos um
ponto da festa de Campos: o governador de Pernambuco, João Lyra Neto,
confirmou neste domingo presença ao lado da presidente, o que significa
que não estará num importante evento de seu partido, cujo principal
personagem é o presidente da legenda e de quem, até pouco tempo, era
vice-governador. O "evento político-cultural" anunciado pela aliança
PSB-Rede-PPS pretende reunir cerca de mil militantes no Hotel Nacional.
O principal foco do ato em Brasília será diferente do que vem sendo
colocado em prática até então. Agora, o objetivo de Campos, que não
deslancha nas pesquisas e nem recebeu os votos de Marina, como era
esperado antes da aliança, é tornar-se mais conhecido do eleitorado
brasileiro. A dupla se dividirá para viajar por cerca de 200 cidades
estratégias do País até junho. A intenção é apresentar o ex-governador
de Pernambuco como algo novo, diferente de tudo o que está aí.
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