A
política é por si só muito dinâmica. Quem diria que a oposição
ressurgisse em Pernambuco pelas mãos dos dois senadores eleitos em 2010
na chapa de Eduardo!
Quem
diria, igualmente, que o próprio Eduardo, que fez juras de amor a
Dilma, se insurgisse contra sua reeleição como um dos principais
adversários dela!
Em
política, os fatos, entretanto, se explicam. No caso dos senadores
Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB), este candidato a
governador, são protagonistas do campo adversário porque a oposição não
tinha mesmo de onde ressurgir se não dentro da própria base de Eduardo.
Em
dois mandatos, Eduardo agregou em torno do seu Governo a maior aliança
que se tem história em Pernambuco. Restaram apenas uns gatos pingados na
Assembleia Legislativa, alguns deles disfarçados, porque na prática
votaram muitas vezes com o Governo.
Pernambuco
passou por este processo turbulento e confuso porque quem deveria
agregar as oposições, em função da fragorosa derrota que sofreu, também
aderiu à base governista.
Refiro-me
ao senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que teria este papel pela frente,
ou seja, de juntar os cacos da oposição para a vigilância necessária ao
Governo. Mas não o fez.
Quanto
a Armando e Humberto, o primeiro esperava o apoio do governador para
embalar o seu projeto de disputar o Governo do Estado, mas em nenhum
momento ocorreu qualquer sinal positivo.
Já
Humberto, derrotado pelo PSB na corrida pela Prefeitura do Recife em
2012, não tinha outro caminho, até porque, no plano nacional, o PSB se
apresenta, hoje, como um dos principais partidos de oposição ao Governo
Dilma.
A política não tem razões que a própria razão desconhece.
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