
Após
três semanas de indefinições, com o anúncio, no início do mês, da adesão do
PSDB à gestão do governador Eduardo Campos (PSB) - até então o principal
partido a fazer oposição ao governo socialista na Assembléia Legislativa
(Alepe) -, deputados do PT e PTB decidiram tomar o comando da bancada. Na
próxima quarta-feira (22), uma reunião dos oito deputados dos dois partidos
deve eleger o novo líder do grupo.
As
conversas em curso apontam para a escolha de Manoel Santos, atual líder da
bancada petista. No último sábado (18), o Diretório Estadual do PT fez a
primeira reunião do ano e aprovou a participação efetiva no bloco
oposicionista, ocupando a liderança ou a vice-liderança da bancada. Caso Manoel
Santos seja oficializado como líder, Augusto César (PTB) é cotado para ser o
vice-líder.
Quando os postos estiverem definidos, caberá ao líder escolhido
trabalhar na configuração da nova bancada, conversando com as demais legendas
que ainda estão na oposição – o DEM, do deputado Maviael Cavalcanti, e o PMN,
de Ramos –, e discutir a estratégia conjunta. Os partidos devem acertar temas e
audiências públicas, por exemplo.
O PTB quer o PT no palanque do senador Armando Monteiro Neto
(PTB) ao governo do Estado, em outubro, mas petistas locais resistem à aliança
pelo desejo de lançar nome próprio. A atuação conjunta na Alepe significará
mais um gesto de aproximação entre as duas legendas. A cúpula nacional do PT,
inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já indicou que quer o
apoio ao senador.
No entendimento do PTB, a liderança deve ficar com um petista
por causa do embate nacional entre o PT e PSB, que lançará Eduardo Campos na
disputa pelo Palácio do Planalto contra a presidente Dilma Rousseff (PT),
candidata à reeleição.
Quando entregaram os cargos no governo Eduardo, PT e PTB
afirmaram que assumiriam postura “independente” no Legislativo. Entretanto, em
novembro, ao mesmo tempo em que ia se consolidando a candidatura do governador
ao Planalto, petistas já avisavam que iriam engrossar o tom.
Hoje, o líder da oposição é o tucano Daniel Coelho. Ele ainda
não assume que deixará a liderança, embora reconheça que o cenário aponta para
“dificuldade” da sua permanência. Desde o dia 2 de janeiro, o PSDB ocupa a
Secretaria de Trabalho e Qualificação e a presidência do Detran-PE.
“Não vou me apegar ao cargo, porque sei que posso exercer a
função independente de ser líder”, disse Daniel à Rádio
JC News, na sexta (17), ao garantir que continuará com postura
crítica e fiscalizadora. Ele estipulou como prazo para acontecerem as
definições o próximo dia 3, quando o Legislativo retoma os trabalhos, após o
recesso parlamentar.
Com Informações do Jornal do Comercio
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