
Trabalhadores
rurais e a classe patronal começam preparar a pauta das negociações
para a 20ª Campanha Salarial do Vale do São Francisco/Pernambuco e
Bahia. O encontro será realizado nesta quarta-feira (4) e segue até
sexta (6), quando será discutida a nova Convenção Coletiva 2014-2015,
que deve garantir os direitos dos trabalhadores da assalariados. A
abertura acontecerá no Hotel Rio Center em Juazeiro-BA, mas as
discussões, plenárias e debates acontecerão no auditório do Campus de
Ciências Agrárias da Universidade do Estado da Bahia (Uneb – Juazeiro).
A Campanha Salarial Unificada envolve os
sindicatos de Petrolina (PE), Santa Maria da Boa Vista (PE), Belém do
São Francisco (PE), Lagoa Grande (PE), Juazeiro (BA), Casa Nova (BA),
Sento-Sé (BA), Sobradinho (BA), Curaçá (BA) e Abaré (BA). A coordenação
da campanha é da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
(Contag), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de
Pernambuco (FETAPE) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no
Estado da Bahia (FETAG-BA).
A Convenção Coletiva 2014-2015
De acordo com a diretora de Assalariados
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR Petrolina), Simone Paim,
entre as principais demandas da categoria estão: “a melhoria salarial, a
extinção do contrato de safra para assegurar os direitos trabalhistas,
além do fim dos trabalhos aos sábados, domingos e feriados”, citou a
diretora, garantindo que todas essas reivindicações são pedidos antigos
dos trabalhadores da região.
20 anos de luta
Em
janeiro de 1994, Petrolina realizou sua primeira campanha salarial como o
objetivo de defender os direitos os trabalhadores rurais. Para o
diretor interino do STR de Petrolina, Francisco Pascoal (Chicôu), a data
é um marco na história de luta pelos direitos dos trabalhadores. “Eu
respondia pela área de assalariado, e foi emocionante. Nós fizemos uma
assembleia e a gente esperava poucas pessoas. Naquela época, os
assalariados tinham muito medo de perder o emprego e evitavam as
reuniões. Mas, quando a gente conseguiu reunir os trabalhadores, o
patronato foi para dizer que não cabia convenção aqui no Vale do São
Francisco. Mas, o Ministério do Trabalho reuniu todas as empresas e
oficializou a 1ª Convenção Coletiva. E logo em seguida, o ministro do
Trabalho do governo Itamar Franco veio assinar o ato solene em
Petrolina, que trouxe muitos avanços para a categoria”, relatou Chicôu.
|
|
Ascom STR Petrolina |
Nenhum comentário:
Postar um comentário