
Nove meses após sua
última visita, a presidente Dilma Rousseff (PT) volta a Pernambuco em
instantes para participar da cerimônia de conclusão das obras da
plataforma P-62, no Estaleiro Atlântico Sul, e vistoriar os trabalhos na
Refinaria Abreu e Lima.
Esta será a
primeira agenda pública da petista depois da aliança entre a Rede, da
ex-ministra Marina Silva, e o PSB do governador Eduardo Campos, de olho na
corrida presidencial de 2014 – e a última de 2013 em que socialistas e petistas
estarão juntos no mesmo palanque.
Apesar do
rompimento com o PT e do crescente acirramento na disputa pela paternidade das
obras no Estado, Eduardo Campos e a primeira dama Renata Campos fazem questão
de recepcionar Dilma no aeroporto.
“Ela será tratada
como sempre foi: com muita atenção. Eu e Renata estaremos no aeroporto para
recebêla, como sempre fizemos, para tratá-la com o respeito que sempre
tivemos”, afirmou o governador, ontem, durante inauguração da fábrica
demargarina da BRF nomunicípio de Vitória de Santo Antão. Também não foi
descartado pelo gestor um encontro reservado com Dilma Rousseff.
O senador Humberto
Costa (PT), que estará ao lado da presidente, tentou minimizar o possível clima
de tensão durante a visita. “Este será um evento administrativo, ela não tem interesse
em fazer qualquer tipo de contestação a Eduardo Campos. Dilma está vindo para
anunciar coisas boas”, afirmou Costa.
A petista deverá anunciar um pacote de
R$ 4,5 bilhões para a área de mobilidade urbana, além de lançar o edital de
licitação para o Arco Metropolitano – projeto que inicialmente seria executado
pelo Governo do Estado.
“Tudo indica que serão anunciadas
intervenções sobre a navegabilidade, talvez mais estações, novos roteiros. Tem
também uma questão referente ao VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que pode
estar vinculado ao projeto municipal que contempla a Avenida Norte”, revelou o
parlamentar.
Para o senador e pré-candidato à
sucessão estadual, Armando Monteiro Neto (PTB), que hoje é a principal
referência de aliado dos petistas, os discursos devem passar longe das rinhas
sobre quem fez mais no Estado. E que por se tratar de investimentos ligados à
Petrobras, a presença da chefe do Executivo será associada de imediato ao
Governo Federal.(Mirella Araujo – Folha de PE)
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