
As recentes críticas contra a falta de uma política de
desenvolvimento regional e na maneira do Governo Federal enfrentar a
pior seca a assolar o Nordeste nos últimos 50 anos, levaram a presidente
Dilma Rousseff (PT) a listar as principais ações que estão em curso
para reduzir os efeitos da estiagem. Em entrevista a rádios do Ceará, a
presidente Dilma ressaltou os investimentos da União na construção de
barragens, adutoras e açudes em todo o Nordeste e que somam cerca de R$
32 bilhões, entre outras ações. Apesar disso, PSB e PSDB argumentam que a
petista não investe o suficiente na Região e prefeitos de diversos
estados já organizaram protestos contra a redução dos repasses do Fundo
de Participação dos Municípios (FPM), proveniente do Governo Federal e
que também é necessário no combate à seca.
Dentre as medidas destacadas pela presidente está o pagamento de R$
140,00 a cerca de 278 mil, em uma ação batizada de “Bolsa Seca”; uma
linha de crédito emergencial para o agronegócio através do Banco do
Nordeste; R$ 32 bilhões em investimentos destinados a construção de
barragens, açudes e adutoras além da implantação cisternas. Somente no
Ceará, segundo Dilma foram implantadas 106 mil cisternas abastecimento
de água nos´179 municípios do Estado afetados pela estiagem, além de
outras 5 mil cinco mil voltada para a produção agropecuária. Além disso,
a petista afirmou que, em 2015, as obras da Transposição do Rio São
Francisco deverão ser entregues, o que irá melhorar a oferta hídrica
regional.
Entretanto, a presidente tem sido duramente criticada pelos outros
presidenciáveis, os quais afirmam que as atitudes da presidente no
Nordeste não têm sido suficientes para evitar as prejuízos causados pela
estiagem. Em algumas inserções nacionais, o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) já criticou publicamente o ritmo das obras da Transposição do
Rio São Francisco. Enquanto isso, Campos também apontou as deficiências
da infraestrutura da Região como uma das principais causas das
dificuldades enfrentadas pelos nordestinos.
Em outubro, diversos prefeitos de Pernambuco realizaram uma greve de
um dia, para protestar contra a queda nos repasses do FPM. A reclamação
era que a redução nas transferências dificultou a ação dos gestores no
combate à seca, além de forçar o enxugamento das despesas com pessoal.
De acordo com o Governo Federal, a menor quantia repassada pelo FPM se
deu por conta da menor arrecadação do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), uma das principais fontes do FPM.
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